Casa de repouso em São Bernardo leva idosos para bloquinho

Casa de repouso em São Bernardo leva idosos para bloquinho

6 de março de 2019 0 Por bernonews

Os blocos de Carnaval tem se popularizado cada vez mais e atraído públicos variados. Por que não, então, um bloco para idosos? Assim foi o Bloco da Alegria, que levou no último domingo para a Avenida Barão de Mauá, no centro de São Bernardo, os moradores do Residência Primaveras, idosos entre 67 e 100 anos de idade, que curtiram a folia na companhia de cuidadores e familiares.

O Carnaval sempre foi comemorado na instituição com atividades externas, mas esse ano, a direção decidiu consultar os moradores sobre a possibilidade de um desfile na rua, ideia que foi prontamente acolhida e com entusiasmo. “Em parceria com a Prefeitura conseguimos carro de som, brinquedos, monitores e o fechamento da avenida”, explicou a recreacionista e uma das organizadoras do evento, Aline Marques.

Os moradores da casa de repouso confeccionaram, durante um mês, os abadás, máscaras, instrumentos musicais e adereços, durante oficinas recreativas e terapêuticas. Ensaiaram coreografias e marchinhas no Grupo Movimento, coordenado pela musicoterapeuta Ana Carolina Rodrigues. A confecção do estandarte do Bloco da Alegria contou com a colaboração da grafiteira Ana Beatriz.

A aprovação da atividade foi unânime. “Gostei muito. Lembrou os tempos em que era garoto, tinha meus 20 anos”, afirmou o representante do ramo têxtil aposentado Rachid Aidar, 97 anos. Maria Elizabete Frenda, 67, professora aposentada, também foi “transportada” aos bailes de sua juventude. “Nos velhos tempos, quando ia para os salões. Foi muito bom ver meus parentes, muita gente bonita, bem arrumada”, declarou. “Foi o primeiro Carnaval que eu passei tão alegre. Só tenho a agradecer”, declarou a dona de casa Dagmar Machado de Castro, 93 anos.

“O nome do bloco já descreve a emoção vivida e sentida por eles. Todo esse empenho merece reconhecimento. São idosos, sim, mas nem por isso podem ser esquecidos pela sociedade”, destacou a recreacionista. “Podemos trazer para perto deles a comunidade; crianças e pessoas de toda faixa etária para embarcar nessa aventura, respeitando a limitação de cada um e valorizando-os”, concluiu Aline. 



Fonte: DGAbc