Câmara de SBC diz não ao corte de salário de vereadores

Câmara de SBC diz não ao corte de salário de vereadores

25 de maio de 2020 0 Por bernonews

Debate sobre redução de ganhos na Câmara para ações contra Covid é encerrado sem avanço; discussão nas demais é lento

Passadas três semanas da decisão dos deputados estaduais em reduzirem os próprios salários para ajudar em ações de combate ao avanço do novo coronavírus no Estado, pelo menos duas Câmaras do Grande ABC enterraram seguir a linha de corte de gastos mexendo nos vencimentos dos parlamentares.

Em São Bernardo e em Mauá, o tema chegou a ser tratado entre os políticos. No caso de São Bernardo, o assunto pautou conversa na última sessão presencial realizada na casa, no dia 13.

O Diário apurou que, em São Bernardo, a maior parte dos vereadores foi contrária à redução dos salários. Alguns relataram que possuem dívidas e que não podem perder renda nesse momento. No maior município do Grande ABC, cada vereador recebe R$ 15.031,75.

Diante do cenário, houve um acordo tácito: o vereador que se sentir conforável, pode doar parte dos salários, mas evitará dar publicidade à benfeitoria para evitar expor os demais. No mês passado, depois de o prefeito Orlando Morando (PSDB) e a deputada estadual Carla Morando (PSDB) oficializarem doação de metade dos contracheques para o Fundo Social de Solidariedade, alguns vereadores da base de sustentação seguiram o exemplo da dupla.

A economia da Câmara de São Bernardo ficou restrita aos comissionados. Houve autorização para reduzir 10% do holerite dos funcionários apadrinhados da casa nos meses de maio, junho e julho – a medida se aplicou à gratificação de servidores concursados. Atualmente, o Legislativo são-bernardense despende R$ 3 milhões ao mês somente com comissionados – em cálculo simples, a economia seria de R$ 300 mil.

Nas demais Câmaras do Grande ABC – exceção feita a São Caetano, onde a bancada de sustentação ao prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) acertou, entre ela, a doação de metade do salário para o Fundo Social de Solidariedade – o tema não é prioridade. Ações isoladas de vereadores têm sido tomadas.

Com informações do DGABC